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Curiosidades e detalhes do casamento cigano

Como ponto prévio importa clarificar que como é nosso apanágio, reflectimos muito a respeito de cada texto que elaboramos para podermos transmitir de forma clara o seu ponto de vista ou intenção aos nossos leitores, mas também para não ferirmos susceptibilidades. Estamos preparados para que o leitor reconheça ou não a nossa capacidade para escrever, muitas das vezes sobre assuntos complexos e sensíveis como é o caso deste texto, baseado em pesquisas de respeitados estudiosos de temáticas como a Identidade Cultural, a Etnicidade ou Direitos Humanos, entre outras. Não nos compete avaliar o que é eticamente certo ou eticamente errado nem decidir pelos tribunais determinados casos, alguns deles abomináveis, outrora ocorridos no seio de diferentes etnias e comunidades de todo o mundo e que ainda perduram em diversos pontos da Europa, América Latina ou Ásia Ocidental. No entanto, saudamos com admiração o excelente trabalho desenvolvido ao longo dos anos por instituições nacionais e internacionais, nomeadamente ciganas, junto das autoridades competentes para que fossem adoptadas medidas contra o abuso e violência sexuais, entre outros crimes perpetrados por determinadas etnias e outras comunidades.

Casamento cigano

Em 2015, por exemplo, a mutilação genital feminina, a perseguição e o casamento forçado foram considerados crimes públicos em Portugal. Na verdade, existem ainda algumas controvérsias sobre a origem dos povos ciganos, tidos até há bem pouco tempo como grupos de pessoas sem casa ou residência fixa que deambulavam pelo mundo sem destino certo. Algumas teorias sugerem que o povo cigano ou «Romi», como é também designado, se espalhou por diversas partes do globo, dividindo-se em diferentes etnias unidas por vínculos familiares e interesses comuns, tais como princípios e conceitos culturais e religiosos. Ou seja, a sua origem foi sempre objecto de todo o tipo de imaginação e especulação, e a sua história nem sempre foi isenta de preconceitos que ainda persistem aqui, ali e além. Pelo que sabemos, o casamento «Romi» não é apenas uma tradição que se vem mantendo ao longo dos séculos, é também o acto mais sagrado e o maior acontecimento da comunidade cigana. Como é sabido, por mais semelhanças que existam, todos os eventos formais têm as suas particularidades como acontece a nosso ver com o casamento cigano, especialmente marcado por diversas praxes, cerimónias e outras curiosidades, algumas delas idênticas às de outras comunidades e outras completamente diferentes, ou seja, aspectos que espelham bem o respeito e a felicidade contagiantes com que os ciganos vivem a festa do matrimónio. A título de exemplo, atente-se ao facto de haver presentemente etinas ciganas que aceitam o casamento entre um dos seus membros e um não-cigano deste que este se submeta aos costumes da comunidade, um facto outrora impensável. No momento presente, pelo que fomos sabendo, os noivos ciganos em Portugal escolhem a sua cara-metade e casam normalmente entre os 18 e 21 anos (homem) e os 17 e 20 anos (mulher), quer dizer, salvo raríssimas excepções, o comportamento do povo português cigano e de outras minorias étnicas tem sido exemplar no que diz respeito à responsabilidade de garantir direitos às crianças, para que todas elas cresçam e se desenvolvam com liberdade, igualdade e justiça. O contrário acontecerá seguramente com outras comunidades ciganas, principalmente de países não ocidentais em que: nada há que impeça que os noivos casem mais novos ou mais velhos; o casamento é previamente combinado por meio de um dote em jeito de acordo comercial; cabe ao cigano homem providenciar o sustento do casal e o papel da mulher fica limitado aos cuidados da casa e da sua nova família, mormente marido e futuros filhos.

Todavia, segundo alguns especialistas desta temática, não se pode dissociar tudo isto das tradições da linhagem cigana à qual os noivos pertencem. Fique agora a saber um pouco mais acerca dos rituais de casamento que algumas etnias designadamente ciganas e outras comunidades ainda hoje fazem questão de cumprir: noiva escolhida e prometida desde criança dentro do mesmo grupo ou da mesma família; virgindade da noiva preservada até ao terceiro dia depois do casamento; prova da virgindade da noiva (amostra de sangue no lençol nupcial ou na camisa do noivo) no quarto dia após o casamento. Não o fazendo, a noiva é devolvida aos seus pais que terão de indemnizar a família do noivo.

Por fim, conheça alguns detalhes e curiosidades interessantes deste acto cigano que simboliza a entrada dos noivos na vida adulta e a sua continuidade na etnia: a festa de noivado, o vestido da noiva e as despesas da cerimónia, são da responsabilidade dos pais do noivo; o enlace é selado apenas no segundo dos três dias de celebração e é uma festa muito colorida, acompanhada de músicas, danças, cantares, palmas e muita comida e bebida para as centenas ou milhares de convidados vestidos a preceito com roupas tradicionais, designadamente saias compridas de cores vibrantes e outros enfeites como flores no cabelo, brincos, colares, alianças ou pulseiras (mulher) e fatos acompanhados de uma flor no casaco e outros adornos como anéis, colares ou pulseiras (homem); o vestido da noiva é confeccionado de acordo com a sua escolha, regra geral em tons rosa e vermelho, apesar de ultimamente algumas noivas optarem também por um vestido branco da cultura ocidental, e é geralmente muito volumoso, bem estruturado e com vários detalhes, principalmente grande decotes e devidamente enfeitado por alguns dos adereços referidos, de modo a embelezar ainda mais o «look» da noiva e sobretudo para chamar a máxima atenção de todos os presentes; o noivo veste o fato tradicional adornado com uma flor no casaco e um ou dois lindos anéis.

Bem! Procuramos sintetizar os aspectos mais relevantes do casamento cigano, contudo, não poderíamos terminar este texto sem destacarmos dois factos que muito nos sensibilizaram durante a pesquisa, a saber: As mulheres ciganas dançam descalças na festa de casamento e as ciganas viúvas não voltam a casar por uma questão de respeito aos maridos e à comunidade em geral. É realmente impressionante!

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