Como a ciência explica o amor?
Há psicólogos defensores da teoria humanista que argumentam que existem dois tipos de amor: o amor e o amor deficiente.
Segundo eles, o primeiro ocorre entre alguém que pode amar outra pessoa em função do que ela é. O segundo tipo significa que o sentimento de amor relativamente à outra pessoa manifesta-se com o propósito de corrigir as próprias deficiências.
Para alguns reputados neurologistas e psicanalistas, o narcisismo é um factor relevante na evolução da relação amorosa. Alegam ainda que o amor se baseia na excitação e no desejo e depende daquilo que o indivíduo considera não ter.
Outras celebridades, particularmente doutores em filosofia e sociologia, consideram que o amor e o desejo têm diferentes motivações, ou seja, entendem que o amor é interesse e fascínio por outra personalidade e o desejo é interesse e fascínio por outro corpo.
Como se vê, para nós, cidadãos comuns, torna-se muito complicado entender o amor, talvez um “amorómetro” facilitasse a vida de muitas pessoas, até porque, se a compreensão fosse uma propriedade exclusiva da ciência, os cientistas teriam já descoberto a cura para a raiva, loucura e sofrimento de amor.
Não é nossa intenção rebaixar o conhecimento de ilustres psiquiatras, psicólogos, sociólogos, filósofos e psicanalistas ou qualquer um método científico mas, como sabemos, o amor faz-nos feliz e ao mesmo tempo faz-nos sofrer, ou seja, é algo que ninguém consegue explicar, nem a própria ciência a nosso ver, apesar dos muitos estudos e discursos teóricos.
Pensamos, por isso, que há questões que carecem de explicações:
Alguém poderá afirmar perentoriamente onde começa e acaba o amor?
Porque amamos uma pessoa e não amamos outra? O que é que nos faz acordar para o amor?
O que nos faz trair a pessoa que amamos?
Quantos de nós já não tiveram a sensação de aperto no peito, tremores, dor e frio na barriga ou nó na garganta quando nos cruzamos casualmente com um ex-namorado/a? Será que isso significa que amamos duas pessoas em simultâneo?
O amor que sentimos pelos nossos pais é igual ao que sentimos pelos amigos ou pelos animais?
O amor é um sentimento indefinido, confuso ou instintivo do que há-de acontecer?
Pois é. A nosso ver, o amor não se explica, sente-se. Não é isso que a maioria de nós pensa?
Por outro lado, são vários os cientistas de grande reputação que entendem que as sensações que envolvem o amor e outros sentimentos têm uma explicação científica, a saber:
O sistema nervoso produz diversas substâncias químicas como a dopamina, que produz satisfação e motivação, a serotonina também conhecida por hormónio do prazer e felicidade e a norepinefrina, que produz alegria e energia em excesso, todas elas responsáveis pelas sensações que o cérebro nos transmite, por isso mesmo, quando se ouve dizer que existe química entre um casal, isso é efectivamente uma realidade e não mera retórica.
O amor é dividido em etapas. A primeira delas é conhecida por – amor à primeira vista - e acontece sempre que as sensações são estimuladas pelo contacto visual. A sensação mais forte nesse momento é a atracção física pelo outro/a, provocada pela testosterona, um hormônio relacionado preferencialmente com o desejo, potência sexual e fertilidade.
Segue-se a adrenalina, o aumento do batimento cardíaco, os tremores, a falta de apetite e de sono, a expectativa e a insegurança, alguns sinais evidentes de paixão ou de amor ardente.
Por fim a última etapa, denominada pelos cientistas de “amor maduro”. Esta é a fase de um relacionamento baseado na confiança e respeito mútuos, no companheirismo, no compromisso, nos objectivos em comum e na tolerância das diferenças pessoais, ou seja, mesmo casada, a pessoa pode voltar a apaixonar-se pelo seu companheiro/a.
Pois! Mas haverá casais, companheiros ou amantes que não conheçam todas estas sensações e sentimentos?
Aceite o nosso conselho: não permita que pequenas coisas impeçam a sua felicidade, por isso, ame e seja feliz.
Esperamos ter contribuído para o melhor esclarecimento dos nossos leitores sobre como a Ciência explica o amor!