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A incrível evolução da medicina

Medicina Antiga

Com raízes nas culturas da antiguidade, a medicina foi durante séculos a arte de curar com técnicas baseadas na religião e no sobrenatural, como aconteceu entre outros exemplos com algumas civilizações do Médio Oriente, local onde os sacerdotes cumpriam as funções de médicos que tratavam principalmente transtornos mentais atribuídos à possessão por demónios e curados com rituais religiosos; 

Com a população hindu que, por ter as mesmas convicções, os actos médicos eram realizados com base na luta entre as forças da restauração e destruição representadas pelos deuses Shiva e Vishnu; 

Ou com o povo israelita que acreditava que um só Deus era responsável pela doença e pela saúde, um facto que limitava as funções dos médicos apenas à supervisão das regras de higiene social.

No entanto, como era expectável, a medicina foi evoluindo à medida que iam surgindo novos conhecimentos, novas tecnologias e ferramentas, porém, apesar de a crença e a devoção exacerbadas terem vindo a perder espaço para a ciência, as suas influências na medicina ainda hoje se notam, como prova o bastão de Asclépio, o deus grego da medicina, crente em forças mágicas e sobrenaturais e representado por uma serpente para simbolizar a relação entre o conhecido e o desconhecido e um cajado para simbolizar a árvore da vida.

Os avanços da medicina

Segundo historiadores, os romanos tiveram um papel determinante em todo o processo de evolução, visto que, foram eles os responsáveis pela invenção de diversos instrumentos cirúrgicos como bisturis, agulhas, pinças ou tesouras, mas, em nosso entender, foi Hipócrates quem lançou os alicerces para o progresso da medicina, até porque, enquanto muitos pensadores atribuíam uma origem sobrenatural às doenças, este famoso médico da Grécia antiga optou por observar e tentar compreender o funcionamento do organismo humano de modo a encontrar explicações e soluções para as doenças, encarando-as como uma consequência de factores de comportamento ou ambientais.

Alguns dos escritos de Hipócrates perderam-se no tempo, mas, os poucos que sobreviveram até aos dias de hoje facultam o acesso ao seu pensamento no que respeita nomeadamente à avaliação baseada no diagnóstico, no resultado ou na indicação de uma possível doença e ao seu tratamento, mas também em relação a práticas médicas objectivas, como por exemplo, substituir as análises subjectivas pela observação e vigilância do doente.

Hipócrates é considerado o pai da medicina moderna. O compromisso solene assumido por jovens médicos sob a forma de juramento, tradicionalmente por ocasião da sua formatura para simbolizar a sua profissionalização, conhecido por “Juramento de Hipócrates”, é uma manifestação absolutamente paradigmática da forma como os médicos de todo o mundo respeitam os princípios e o pensamento de Hipócrates.


Juramento de Hipócrates

Como membro da profissão médica:

Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da humanidade;

A saúde e o bem-estar do meu doente serão as minhas primeiras preocupações;

Respeitarei a autonomia e a dignidade do meu doente;

Guardarei o máximo respeito pela vida humana;

Não permitirei que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou qualquer outro factor se interponham entre o meu dever e o meu doente;

Respeitarei os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte do doente;

Exercerei a minha profissão com consciência e dignidade e de acordo com as boas práticas médicas;

Fomentarei a honra e as nobres tradições da profissão médica;

Guardarei respeito e gratidão aos meus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido;

Partilharei os meus conhecimentos médicos em benefício dos doentes e da melhoria dos cuidados de saúde;

Cuidarei da minha saúde, bem-estar e capacidades para prestar cuidados da maior qualidade;

Não usarei os meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça.

Faço estas promessas solenemente, livremente e sob palavra de honra.

Medicina Moderna

Hoje, a medicina deixou de ser uma arte para ser uma actividade e, diz quem sabe, uma actividade fascinante, porém, desengane-se quem pensa que a cura das doenças continua a ser da responsabilidade de um ser sobrenatural com poderes especiais ou que os hospitais são locais milagrosos que desafiam a medicina e a ciência no seu todo.

Não, não é assim, isto porque, o médico, o seu principal agente, não tem a pretensão de ser olhado como um Deus, o médico quer apenas respeito pelo seu trabalho e pela responsabilidade que ele acarreta. 

Como sabemos bem, o curso de medicina é muito intenso e abrangente mas é acima de tudo um longo percurso académico para o jovem que procura uma carreira profissional, à qual dedicará toda a sua vida.

Por mais estimulante ou sedutora que seja a medicina, a profissão médica vai muito para lá da prevenção, do diagnóstico ou do tratamento de doenças.

O jovem médico tem de ter noção de que não pode nem deve considerar o exercício da medicina como uma actividade orientada para fins lucrativos, sem prejuízo do seu direito a um salário justo, e também sabe que deverá futuramente exercer a sua profissão em prol dos doentes e da comunidade.

Mas, os médicos gozam de muito prestígio na sociedade, e esse é, a nosso ver, uma das razões pelas quais a medicina é normalmente uma das áreas mais procuradas pelo estudante que ingressa na Universidade.

Neste contexto, entendemos que o estudante deve fazer uma profunda reflexão sobre a sua vocação antes de tomar uma decisão menos acertada.

Diz-nos a experiência que nem sempre o estudante escolhe a área de medicina com o mínimo de critério ou fundamento, por vezes por influência familiar ou de amigos, não percebendo por isso que a sua decisão poderá ser susceptível de trazer consequências adversas para a sua vida, como por exemplo, a desistência do curso ou a desilusão profissional.

O professor de medicina ensina aos seus alunos que para respeitar a vida dos doentes é necessário  respeitar a formação médica.

Dito isto, resta-nos manifestar a nossa gratidão à classe médica e de modo geral a todos os homens e mulheres de várias áreas profissionais que há muito se encontram na linha da frente na luta contra a pandemia da Covid-19!